domingo, maio 16, 2010

A Invenção do Samba


Quando ele percebeu que ela não viria, depois de horas esperando, ali, naquele café, ele pediu a conta, pagou, levantou-se e saiu.

Fazia frio. Ele deixou-se envolver pelo casaco, sentiu cada poro da pele de seu braço em contato com o tecido grosso. Enfiou as mãos nos bolsos e olhou pro céu. Estava cinza, assim como seu coração.

Só neste instante, quando percebeu que seu amor se fora e que seu coração voltara a ser apenas um músculo, ele se permitiu a primeira e única lágrima.

3 comentários:

Anônimo disse...

Cansada de esperar, decidiu cuidar da própria vida. Inventaria algo que fazer nesses dias em que a vontade de encontrá-lo a maltratava. Ainda pensava nele, que pensava em Violeta, que não pensava em ninguém, apenas vivia. Uma ciranda infinita de desencontros.

Anônimo disse...

Meu querido e eterno poeta Allan

Anônimo disse...

Meu querido e eterno poeta Allan