domingo, outubro 21, 2007

A Aventura de um Leitor V - fim


E quando o livro terminou, quando ele chegou ao fim daquela história, percebera que aquele livro, que entrara de forma repentina em sua vida, agora fazia parte de si. De tal forma que tinha impressão de que aquela história já lhe era familiar há anos, séculos, milênios. O livro agora entrara num outro universo: o da mitologia da sua vida - aquele reino formado por objetos, coisas, eventos e pessoas sem as quais não nos reconhecemos.


Aquele livro, apesar das ondas de tristeza que lhe causara, cumprira, talvez, sua função: lhe dera a sensação única de que não estava sozinho. Poucas coisas no mundo lhe eram tão prazerosas quanto esta sensação: o conforto de saber que um escritor, alguém a quem nunca viu, imaginou muitos dos seus pensamentos.

2 comentários:

Rita Loiola disse...

Conheço isso. Uma vez vi num filme, daqueles bem toscos, uma frase que guardei: as histórias servem para lhe mostrar que vc não está sozinho. issaê.

Simone Iwasso disse...

sim, por isso alguns livros são tão nossos companheiros, nossas bíblias, parte de quem nos tornamos. esse livro em particular tem a capacidade de enredar o leitor, como as mulheres enredam o rímini. agora a pergunta, vc chegou a ver o filme?