domingo, abril 27, 2008

Ana e Murilo

Ela

O dia mal havia surgido e ela estava de pé na cozinha. Uma chaleira vermelha esquentava a água para o café. Forte, como gostava. Estava ali havia tempos, acordara de madrugada e não mais conseguira dormir. Pedro permanecera no quarto, esticado entre os lençóis, paralisado em algum sonho. De uns meses para cá, ela andava acordando mais cedo do que de costume. Alguma coisa a interrompia no sono.
Adorava ficar na janela grande da área de serviço enquanto a água fervia. O barulho da calefação combinava com os telhados que observava atentamente, assim como alguns moradores das casas, levantando para mais um dia. Havia um gordo na terceira casa, à esquerda. Todo dia ela o via ir ao quintal, buscar uma toalha. Em alguma casa alguém escutava um programa de rádio AM e suas músicas sertanejas. Ela adorava esta hora do dia. Esticava este prazer de observar sem ser vista o máximo que podia. O máximo: até a chaleira lhe avisar que era hora do café.
Pois enquanto observava o gordo ao som da música sertaneja, em baixo volume, percebeu que estava triste. Alguma coisa a incomodava havia tempos. Uma sensação ruim tomou conta de si: o que havia? Sua mãe lhe dissera, dias antes, que não parecia feliz. Tal observação a incomodara. Não ousara retrucar: exatamente por isto ficara incomodada. Sua mãe a conhecia.
Feliz? Parecia que a janela tinha a resposta. A chaleira lhe chamou. Pensou em fumar um cigarro. “Muito cedo, Ana, muito cedo”, disse a si própria. Àquela hora a cozinha era de uma luz linda, toda vinda da janela grande da área de serviço. O café era forte, como gostava. Tomaria lentamente, só, como estava fazendo nos últimos meses.
Só.

Ele

Quantas vezes se masturbara aquele dia? Perdera a conta. Quantas vezes se masturbara nos últimos dias? Não poderia dizer. O dia começava e terminava assim: era seu único vício. Havia tempos deixara de beber. Vez em quando se permitia um cigarro. Mas eram raros. Seu único vício era a masturbação. Palavra horrorosa que, por vezes, lhe atrapalhava o próprio ato. Evitava pensar no nome. Porém, de tempos para cá, isto era a todo instante. Nem gozava mais. Era simplesmente a sensação de ter um pênis. Objetivo. Possível..
Sim, havia um trabalho. Textos para o jornal. Sim, havia algumas pessoas. Conhecera, recentemente, uma paulista. Saíram algumas vezes. Ela bem que tentou cercá-lo. Mas ele não permitiu que ela se aproximasse. Algo o impediu. Sabia o que era, mas não ousou sequer pensar no assunto. Não via nada disto, textos e paulistas, senão como burocracias a que estava condenado.
Quarta-feira. Duas da tarde. Ele, nu, diante do computador. Texto aberto em sua frente. Mãos sobre o seu corpo e pensamento sobre um corpo distante. Ele sabia que aquilo era demais e que ele não deveria alimentar sequer os pensamentos. Mas, no ódio da sua posição, vencido pela timidez, resolveu vingar-se de si mesmo e deixou-se levar.

Ela

Entrara numa loja qualquer do centro. Uma loja de roupas. Não queria comprar nada, senão olhar, olhar, olhar. Pedro lhe exigia uma vaidade que nunca lhe caíra bem. Usava salto para agradá-lo. Não que não gostasse. Mas usaria menos, caso estivesse sozinha. Um pensamento lhe tomava de súbito: “ele me sufoca”. Não queria pensar nisto. Não queria pensar em Pedro. Se o fizesse, o grito lhe seria inevitável. Não. Ela estava feliz. Casara-se com um homem que a amava. E mais: que a amava absurdamente. Ela sabia que era um brinquedo, um objeto, algo de posse, para Pedro. E, no começo, isto lhe dava segurança: saber que ela era dele. Então por que aqueles pensamentos? Aquela estranha sensação de que algo a mais havia. Desde uma certa noite quando foram jantar. Ali começou. Ela, Pedro e Murilo, um velho amigo de seu marido. E bastou Murilo pronunciar a primeira palavra. Bastou mirá-lo, por um segundo, nos olhos. Bastou o primeiro encontro para que uma vertigem tomasse conta de si. Para que o pensamento “sinto-me só diante de Pedro”, “sinto-me ofuscada por ele”, lhe viesse à mente. Murilo e sua voz olhos suspiros gestos lhe davam uma sensação, estimulante e horrível ao mesmo tempo, como se neles estivessem a chave para si. E era disto que ela fugira sempre. De si própria. Murilo significava o poço sem fundo de si mesmo.

Interlúdio

Em “O Céu que nos Protege”, Paul Bowles monta um triângulo amoroso envolvendo um casal e um amigo, todos americanos: Port e Kit, Turner. Os três viajam pelo Saara em uma jornada cujo centro é a tentativa de Kit e Port de se reencontrarem depois de 10 anos de casamento. Turner, nesse sentido, é um mero brinquedo, muito diferente de Murilo – não há paralelo entre os dois. Ao contrário de Ana, Kit ama seu marido. A terceira pessoa, nesse caso, não passa de um momento de repouso para uma melodia que exige muito de seus solistas. No entanto, Kit e Ana têm em comum o fato de amarem justamente aquilo que lhes é desconfortável, aquilo que, sabem, as confrontam consigo mesmas. É exatamente este encontro que as assusta. Há, em todos os lugares, pessoas que fogem de si, o tempo todo. De suas perguntas, de seus medos, de suas ambições. Para elas, a relação amorosa é um ponto de fuga, um porto seguro contra os próprios demônios. A maioria das histórias amorosas de Hemingway, por exemplo, é feita desta matéria: amores que são, antes de tudo, redenções, desvios de trajetos destinados à queda. Nestes personagens, nestas pessoas, o encontro consigo mesmo significa a morte. Sempre me fascinou Sommerset Maughan terminar um dos seus livros (“O Fio da Navalha”) dizendo que um dos personagens (“Sofia”) buscava a morte. Pois Kit e Ana a temem e percebem que suas relações amorosas as colocam diante dela. Para Kit, amar Port era penoso porque este lhe dava uma visão do mundo que a desconcertava e lhe punha medo – Port não tinha medo da solidão. Para Ana, Murilo lhe despertava uma volúpia, uma sede, que ela sabia desregrada e que a conduziria a um descompasso, a um ponto de ebulição. Enquanto vejo Ana em sua cozinha, penso em Kit: para ambas, amar era renunciar ao conforto.

Ele

Era antes de dormir que ele percebia a extensão do seu estado. Há muito tempo não se apaixonava. Há muito tempo. Rememorava as poucas mulheres que chegaram perto. Porque não as deixara ir adiante? Não sabia responder. Faltava algo do feminino que lhe era indizível. Não sabia definir. E, então, porque ela? Algo naquela mulher acolhera seus desejos e seus pensamentos.
Tinha ganas de chamá-la. “Para quê?”, pensava. Não havia sentido naquilo. Fora tudo tão rápido. Mas tudo tão intenso. Uma noite. Um jantar. Ele, Pedro, seu amigo de infância, e Ana, a esposa deste. Começou por uma leve sensação de que ela o observara de um modo diferente. Mais ouvira do que falara aquela noite, afogado diante da expansão de Pedro e suas histórias e seus trabalhos e suas vantagens e suas idéias. Tanto ele quanto Ana apenas ouviram Pedro falar de si. Sempre de si. E foi aí que, num segundo, a mirara. E foi ali, quando ela lhe devolveu o olhar, que se perdeu num emaranhado de desejos e perguntas. Ana e seus olhos. Ana e seu corpo. Ana, a mulher do seu amigo. Amigo? Sim, ele e Pedro se conheceram na infância, cresceram juntos numa pequena cidade do interior de São Paulo. Lembrou de como se separaram em um momento: cada seguiu para lugares diferentes, rumos distintos. Ele, jornalista; Pedro, um administrador. Depois de anos, retomaram os contatos. Pedro lhe escrevera num dos primeiros e-mails: “casei. Ela se chama Ana. É linda, você precisa ver. Você vai gostar dela.”. E então, numa visita que eles fizeram à cidade, o chamaram para jantar. E foi naquela noite que ele revira Pedro, depois de anos. E foi naquela noite que ele conhecera Ana. E foi naquela noite que Ana deparou-se com seu casamento infeliz.

Ela

“Quando um teto passa a ser uma prisão?”. Não dormiu enquanto pensava nisto. Vez ou outra, virava-se e ficava mirando Pedro em seu sono infantil. Um sono sem dúvidas.

Ela

Era na área de serviço que hora ou outra, ela, com um cigarro entre os dedos, chorava em silêncio. Odiava pensar que chorara pela primeira vez na noite da sua lua-de-mel, enquanto Pedro dormia.

Ele

Há momentos em que a única coisa em que pensa é que ela tem os cabelos vermelhos.

Os dois

Ela adorava os encontros que tinham em uma livraria do centro, quando ele lia em voz alta passagens de Ítalo Calvino ou Carson McCullers. Quando recitava trechos de Drummond. Para ela eram momentos únicos: ele lendo, lhe revelando coisas belas tristes intensas. Isto a seduzia: a curiosidade dele. Vez em quando ele aparecia com um escritor do qual ela jamais ouvira falar e isto provocava nela uma grande admiração e atiçava o seu desejo. A curiosidade era uma virtude para o masculino. Ele se encantava por Ana em sua leveza: tudo parecia mais fácil próximo a ela. E ela falava, falava, falava, contava casos, ria, chorava. Certa vez, numa tarde de maio, fim de tarde, quando o céu já estava num tom escuro de tão azul, os dois entraram em um sebo e ali ficaram folheando revistas e livros velhos. De súbito, ela tomou uma revista Cruzeiro, dos anos 50, e observando as fotos dos homens percebeu que ele tinha uma beleza antiga, como um Gregory Peck, um Marlon Brando. Ficou mirando-o durante um bom tempo, sem que ele desse conta disso. E naquele momento, vendo-o absorto com algum livro, completamente entregue, porém sem falar de si (ele raramente falava dele mesmo), ela percebeu que estava vivendo os momentos mais intensos da sua vida.

Os dois

Um domingo à tarde, quando Pedro estava viajando, os dois se pegaram andando por uma parte mais velha do centro. “Vê, Ana. Aqui o tempo fez seu efeito. Ele sempre faz. Não temos como fugir. Uma hora, eu, você, nós, Pedro, tudo isto será passado”. Ana ouviu em silêncio. Nunca gostara muito dessas frases de Murilo, solta assim, de repente. Algumas a assustavam, porque tratavam sempre disto: do fim. E ela, Ana, nunca gostara de pensar no fim de nada. Fins a deprimiam. Neste ponto, Murilo lhe era totalmente oposto: pensar no efeito do tempo, para ele, era tornar tudo mais belo, simplesmente porque, sabendo que nada é para sempre, o presente se torna infinito.

Interlúdio

Em um dos verbetes que mais me seduzem nos “Fragmentos do Discurso Amoroso” (“Espera”), Barthes conta a história de um mandarim chinês que, apaixonado, escuta da sua amada: “serei tua se passares cem noites sentado num banquinho do meu jardim, à minha espera”. Ele sentou-se e esperou 99 noites e, antes de findar a última, simplesmente levantou-se e foi embora. É porque sabemos o fim da prova que essas 99 noites adquirem uma dimensão que chega a nos afogar. Paul Bowles, novamente: é como correr atrás de um ônibus parado em um ponto, do qual sabemos que o próximo só virá dali há horas, e que sai um segundo antes de chegarmos. Exatamente porque vamos esperar horas, e sabemos disto, o presente, no primeiro segundo após a saída do ônibus, assume uma dimensão infinita. Tamina, personagem de Milan Kundera em dois dos contos de “O Livro do Riso e do Esquecimento” percebe exatamente este ponto: esperando, atrás de um balcão, a passagem do tempo, mas pensando o tempo todo no fim dessa espera, ela percebe a infinitude do presente. Para ela, o tempo nunca passa, lhe dando a sensação de estar parada. E isto, em um determinado momento, a enfastia.
Há, porém, uma diferença entre o mandarim e Tamina. O primeiro, apaixonado, faz da sua espera a prova de um amor que não reconhece o objeto. Pouco lhe importa a sua amada: ele, na verdade, deseja o desejo, ama o amor. Tamina é o oposto: tudo está no objeto (o marido já falecido). Sua espera não tem um fim em si mesma. Ela espera alguém que confunde consigo própria. Ela não ama o amor, não deseja o desejo. Pelo contrário: ela espera livrar-se do amor e e é por isso que o presente e seu infinito a angustiam. Murilo ama o amor, deseja o desejo, vê beleza não no objeto, mas na relação. De tudo ficará apenas a memória: e isto, para ele, basta, e é belo
.

Os dois

“O que você está fazendo?”. “Lendo”. “O quê?”. “Dois contos de Borges”. “...”. “...”. “Borges me entendia”. “...”. “...”. “Eu gosto. Onde está Pedro?”. “No banho”. “Vocês treparam?”. “Sim”. “Fico pensando como você consegue”. “Eu penso em outras coisas, outras pessoas”. “Outras pessoas... pensa em mim?”. “Não”. “...”. “...”. “Outras pessoas... Podemos nos ver amanhã?”. “Sim, acho. Pedro chegará tarde em casa e terei o fim da tarde livre”. “...”. “Eu te ligo”. “Sinto sua falta”. “Eu também. Eu te ligo amanhã”. “Sinto sua falta”. “Tchau”.

Ela

Durante o sexo com Pedro, ela pensava em uma tarde da adolescência onde vira um homem no metrô com uma ereção enquanto encostava em uma passageira. Ela lembra de não poder desviar os olhos do volume da calça, até que reparou que o homem a mirava, enquanto ficava ali, encostado a uma passageira que mal percebia o que se passava. Ao encarar o homem, ela desejou ter nojo, ódio. Mas não. Pelo contrário, sentiu algo como um arrepio em suas costas que, lhe parecia, vinha dos quadris. Ficou confusa e desconcertada. E durante alguns segundo, mirou o homem mas não o viu, assustada com o que estava sentido. Quando retomou, segundos depois, o olhar, viu apenas o sorrisinho de um homem que tinha percebido mais do que devia. Nesse instante sentiu ódio: por ela, não pela passageira.


Os dois

Quando terminaram, sabiam que seria a última vez. Ficaram ali, na cama, mirando o teto daquele quarto impessoal, de um hotel descoberto ao acaso numa das primeiras incursões. Ela ouvia a respiração dele, o ritmo monótono e como que fatigado. Olhou para os pés. Firmes, que sempre a fascinaram. “Pés de um anjo”, como sempre lhe dizia, rememorando as infinitas tardes humoradas e repletas de ritmo que tiveram. Ficou muito tempo olhando os pés, esforçando-se para não olhá-lo nos olhos. Ela sabia que ele a mirava. Esperava seus olhos. Por um segundo, odiou-o por isto, como se ele maculasse com uma birra infantil uma tarde que ela gravaria na memória para sempre. Era a última vez. Ela já havia lhe dito e ele assentiu num silêncio que, de início, a havia assustado e incomodado, mas que depois lhe deu a impressão de tratar de mais um, entre tantos, gestos da sua entrega.

Não poderiam continuar. Ela resolvera tentar ainda com Pedro, um novo arremedo em direção a algo que ela considerava mais confortável.

Ele e ela

Àquela hora, a praça estava vazia, com alguns transeuntes, míseros bêbados e algumas crianças. Como sempre, os pombos. Os dois, que até então caminhavam em silêncio, pararam. Era hora da despedida. Miraram-se demoradamente, porém nada foi dito. Ele perscrutou cada milímetro do rosto dela, cada cavidade, os olhos, a boca, sobrancelhas, cada parte que ele tantas vezes mirara pela manhã, ao acordar. Por um instante observou os cílios e pensou no tanto que eles lhe chamavam a atenção, pois davam aos olhos uma beleza ímpar.
Ele quis dizer uma palavra. Ela tapou sua boca levemente:
- Não – disse com a voz embargada.
Ela tomou sua mão e, por alguns segundos, a segurou firmemente. Pela última vez.
De súbito, virou-se e partiu. Sem olhar para trás. Foi a pé para casa e mal reparou na cidade, que tantas vezes os dois percorreram durante as tardes. E quanto mais se aproximava de sua casa, maior era o seu esforço em transformar aquilo em passado. Sim, agora tudo era a invenção de um passado feito de nostalgia e remorso. “Toda história é remorso”, lembrou dos versos de um poeta.

Ela

Estava cansada de tanto caminhar e tentou, ao máximo, prorrogar a chegada em casa, que ela sabia que seria dolorosa. Sabia que Pedro não estaria, mas mesmo assim seria dolorosa. A casa. Abriu a porta e observou a escuridão da sala, que por um instante ela quis que perdurasse para sempre. Seguiu direto para a cozinha, pois lá era o seu refúgio. Ao entrar no aposento, enterneceu-se por um segundo com o cheiro e a textura tão familiar de tudo: da escuridão iluminada pela janela da área de serviço, do ar, o ambiente. Estava a salvo e agora o trabalho seria transformar tudo em um sonho. Murilo foi apenas um sonho. Murilo foi apenas. Murilo foi. Fechou os olhos e se entregou à luz negra da cozinha. “Toda história é remorso”. Ao acender a luz, deparou-se com a chaleira e um resto de água que fervera pela manhã.

4 comentários:

Maikon Augusto Delgado disse...

Já disse e repito: "Você escreve muito bem. Publique!"

Caro, terminei um livro. Queria te passar, para ver tua opinião, que prezarei muito tendo em vista a qualidade dos teus textos, e tão-somente disseminar o novo rebente no mundo. Se tiver tempo e interesse, me manda teu e-mail que te passo o pdf.

Abração, Magoo.

Anônimo disse...

De tudo ficará apenas a memória, não meu querido tudo passa até isso passa!

Tati disse...

Eu já disse que esse é meu favorito?

Anônimo disse...

Acabei de ver o filme...ainda bem que seus posts mudaram com o tempo... Ainda acho que Ana estava apenas em dúvida...só isso, às vezes acontece, não é preciso ter certeza de tudo o tempo todo...só que no vazio...bom, no vazio muitas coisas acontecem...tudo aquilo que ficou fora de cena vem à tona, cada um a sua maneira, cada um do seu jeito...cada um achando que sabe melhor do amor que o outro...e todo mundo se desentendendo. Assim é a vida. E no final a gente morre...não tem outro jeito. É escolher o que fazer entre o primeiro suspiro e o último. No meu caso, vou lá no posto buscar um pão de queijo, hahaha. Depois, exercício diário, um, dois, três, um, dois, três, não retarda a morte, mas deixa mais doce.

...que prolixa!!! Não consigo menos, não adianta! Afff